Carros antigos com alto grau de originalidade podem receber a plaque preta ao completarem 30 anos. Em 2025, os carros fabricados em 1995 podem receber essa certificação ambicionada pelos colecionadores.
O ano de 1995 foi discretamente notável para lançamentos nacionais e marcou a entrada de variações novas de modelos que estrearam nos anos anteriores. Aqui estão as novidades desse ano que agora poderão receber placa preta.
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1. Chevrolet S10
O lançamento mais importante de carro novo em 1995 foi da Chevrolet S10. Ela foi a primeira caminhonete média brasileira e popularizou esse segmento, que até então era exclusivo de modelos importados.
A Chevrolet S-10 que receberá a placa preta em 2025 veio inicialmente em duas versões, todas com motor 2.2 a gasolina e redundância de cabine. No entanto, ao longo do tempo ela foi ganhando mais opções em sua linha.
O motor 2.2 é a Família 2, o tradicional, que começou a ser produzido no Brasil com o lançamento do Monza. Na versão das caminhonetes, ele utilizava injeção monoponto, diferente do 2.2 do Omega com multiponto. Ele gerava 106 cv e 19,2 kgfm.
O lançamento da Chevrolet S10 acabou saqueando clientes das caminhonetes compactas e de inclinação quanto às grandes. O visual moderno conquistou ao público jovem, já a capacidade de carregar até 795 kg conquistou quem precisava de um carro para trabalhar e não dispunha de recursos para uma D20.
2. Chevrolet Blazer
No final de 1995, a Chevrolet lançou o Blazer, um SUV derivado da S10. Na época, a imprensa o apresentou como o primeiro utilitário esportivo nacional, mas modelos antigos, como o Willys Rural, Chevrolet Veraneio e Bonanza, já se encaixavam nesse segmento — apenas que eram chamados de furgão.
Assim como a S10, o Blazer foi lançado apenas com tração 4×2, motor 2.2 a gasolina nas versões Standard e Deluxe. No ano seguinte veio o motor V6 e as versões mais equipadas.
O blazer foi uma opção de fabricação nacional e mais acessível em relação a alguns SUVs importados populares, como o Ford Explorer, o Nissan Pathfinder e o Jeep Cherokee. A produção dele durou até 2011, e o sucesso foi alcançado pelo Trailblazer.
3. Volkswagen Gol GTi 16v
Com o início das importações, surgiram lutas mais intensas entre os carros esportivos. A Volkswagen lançou o Gol de segunda geração com uma versão GTi que mantinha o antigo 2.0 8 válvulas, que mostrou sinais de fadiga diante do moderno Chevrolet Corsa GSI e do Uno Turbo.
Uma versão mais resistente do Gol GTi foi lançada em 1995, com motor 2.0 com 16 válvulas. É a versão mais potente do AP, produzindo 141 cv e 17,8 kgfm. O câmbio veio do Audi A4 e possuía marco de ré sincronizado.
Esse motor era importado da Alemanha e tinha algumas diferenças em relação ao 2.0 8 válvulas, como bielas mais longas e fluxo cruzado no cabeçote. Devido ao tamanho físico maior, a VW colocou uma bolha no capô para acomodar a parte dianteira do propulsor.
Com esse motor, o Gol GTi conseguiu competir com os importados. Era mais rápido até que o Golf GTi, que usava um motor com 8 válvulas. Não vai levar muito tempo para aparecerem carros com placa preta.
4. Volkswagen Parati “bolinha”
A segunda geração do Gol foi lançada em 1994, quando a perua Parati apareceu no ano seguinte.
A Parati foi lançada com os motores AP 1.6, 1.8 e 2.0. O último vinha na versão GLSi, com padrão luxuoso e que trazia vários itens do Gol GTi, como os bancos Recaro.
É complicado encontrar um Parati GLSi, unidades bem preservadas são valorizadas pelos coletadores.
5. Chevrolet Corsa 4 portas, Sedan e Picape (gado)
O lançamento da Chevrolet Corsa em 1994 gerou filas de espera consideráveis e as concessionárias cobravam com surto a interessados. O hatch compacto foi um marco para a indústria nacional, devido a um projeto moderno e a equipamentos de injeção eletrônica. Seus concorrentes tinham pelo menos 10 anos de mercado estabelecidos.
Em 1995, a Chevrolet lançou três variações do Corsa para aumentar esse êxito: o hatch de quatro portas, o sedã e a caminhonete. Os dois últimos foram projetados no Brasil.
O Corsa Sedan lançou o motor 1,6 de 8 válvulas e injeção multiponto na família do compacto. Esse motor foi usado também pela Picape Corsa, o hatch apenas manteve o 1,0 e o 1,4 com injeção monoponto.
6. Fiat Tempra Stile
O Fiat Tempra Turbo conquistou a atenção dos meios de comunicação em 1994 por ser o carro nacional mais rápido. Em 1995 foi lançada a versão de quatro portas dele, com interior mais luxuoso e o nome Stile.
Abaixo do capô ficava o mesmo motor turbo de 2.0 que desenvolvia 165 cv. O interior podia vir com recursos modernos do período como computador de bordo, ar condicionado automático, regulagem elétrica nos assentos dianteiros e leitor de CD.
O desempenho era bastante parecido com o do Tempra Turbo, as diferenças eram devido ao peso maior. Agora, com 30 anos, os raros veículos sobreviventes do Stile vão recebe a placa preta.
7. Chevrolet Kadett Sport
A Chevrolet redesenhou o Kadett em 1995 para a linha de 1996, com parachoques encapados pintados na cor da carroceria. O icônico modelo GSI foi substituído pelo Sport, que é menos famoso.
O Kadett Sport manteve detalhes como as saídas de ar no capô, o teto solar, as rodas em liga leve e os faróis de neblina. O motor 2.0 não trazia diferenças em relação ao usado pelo GLS, produzia os mesmos 116 cv.
A existência do Corsa GSI e do Vectra GSI em 1995, com desempenho mais forte, fez o Kadett Sport vender pouco. Hoje em dia ele é um modelo raro e uma das formas de ter o hatch com mais equipamentos e menos anos nas costas. Além disso, é menos disputado que o GSI. É bom valorizar com uma placa preta?
8. Fiat Tipo Sedicivalvole
Em 1995 a Fiat tinha uma linha bem abrangente de esportivos: Uno Turbo, Tempra Turbo e o novo Sedicivalvole. O hatch médio usava a mesma unidade de 2.0 16 válvulas do Tempra 16v, mas com um temperamento mais bravo.
O motor de 12 cilíndros em V produzia 137 cv e 18,4 kgfm. Mais do que suficiente para dar um desempenho bom a um carro leve. O nome Sedicivalvole é, literalmente, “16 válvulas” em italiano.
O motor 2.0 da Fiat era um projeto dos anos 60 criado por Aurelio Lampredi, que foi usado por vários carros de corrida. Ele não se incomoda de ser levado a altas rotações. É um carro divertido até hoje, será um placa preta para quem não tem medo de usar o carro.
9. JPX Picape Montez
O empresário Eike Batista entrou no mercado dos automóveis com a JPX. Essa empresa produzia o jipe francês Auverland, sob licença, em Pouso Alegre (MG).
O jipe Montez recebeu uma versão de pick-up em 1995, utilizando o motor diesel turbo da Peugeot de 1.9 litros. Essa versão foi projetada para agricultores, oferecendo uma opção de carga de madeira.
Os utilitários da JPX ficavam longe de serem mal dos seus idiotas, exceto pela mecânica. O 1.9 da Peugeot era um motor robusto em sua versão original, aspirada.
No Brasil, ele foi gerado pelo mecânico que se preparava para as lanchas de Eike Batista. Isso gerava mais calor e trazia uma tendência a superaquecer o motor. Uma picape dessas que sobreviveu merece a placa preta.
10. Fiat Tempra SW
As perua ainda estavam em alta nos anos 90, todas as montadoras possuíam modelos compactos e médios. Em 1995 a Fiat tinha apenas a Elba e trouxe a Tempra SW para complementar a linha.
Esse modelo era importado e vinha em apenas uma versão, com motor 2.0 8 válvulas. Como o Tempra nacional utilizava a plataforma mais antiga do Fiat Regata, a camper italiana vinha com uma base mais moderna.
Isso significa que muito pouco era compartilhado entre o sedan e a perua. O modelo familiar se destacava por ter um painel digital. Ela se destacava em relação à VW Quantum e Ford Royale.
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